Maria da Penha

Maria da Penha

quinta-feira, 28 de setembro de 1989

Paulo

Paulo Fernando
Na intimidade - Paulo
Que no telefone brincava
E cá, também eu.
Que em um encontro nosso mais tarde
De mentiras escrotas
Um enrolo só, nos envolveu.
Risos e sonhos concebidos
Levou-me a sério
E sofreu.
Eu não tinha consciência
Do sofrimento que lhe causava
Então, seu pai experiente
Colocou Paulo em um avião
Indecente
E na Austrália
Desapareceu.
Encontrei Paulo muito tempo depois
vagando
E de mais nada fiquei sabendo
Do que em sua vida aconteceu.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 1980

Josino o gênio

Josino pequenino
Josino tão inocente
Aquele moleque trapo
Josino transumano.

Josino cresceu
Pois criança cresce
Homem, Josino continuou maltrapilho.
Mas com o coração de Josino.

E hoje, aqueles
Que brincaram com Josino
Ah! Josino
Brinca com eles.

segunda-feira, 28 de maio de 1979

Pertencer

Santo, peregrino faceiro
Peco e tu perdoais-me
Forma que tu, qualidade divina
Mostras o que és.

Brilhar na vida
Ser faceiro peregrino
É ser Santo?
Ou pertencer a satã?

Com crueldade e pertinência
Usando da nossa inocência
Faz com que sejamos pecaminosos
Talvez para fazer mostrar sua qualidade de Santo.

E nos coloca em uma roda viva
Envolvendo o mundo com justiça
Para ser Rei hoje e amanhã
E em cada manhã seguinte é Santo pelas idiotices.

Como há séculos
Peregrino e Santo faceiro,
Pertenço a Ti
Assim como a humanidade diz pertencer.

De um farsante
Peregrino
Que se diz Cristo
Em cada amanhecer.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 1979

Tempo

Mestre e correto é o tempo
Todas as coisas norteiam o tempo
Até o sobrenatural depende
Do tempo

O querer é algo com que sonhamos
O querer é o precisar
O morrer não é o querer
É o ter é o depender.

Maldito tempo
Faz-nos mendigar na vida
E traz-nos o necessitar
Por ser um cruel inimigo em apoiar.

Deveríamos fugir
Do maldito tempo
Pois dele não podemos
Vingar.