Maria da Penha

Maria da Penha

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sem passado o presente não terá futuro

Quem somente vive intensamente no presente e não examina o passado não será capaz de prognosticar o futuro.
Passa a pensar o futuro como a possibilidade de tudo e o passado, como a realidade do nada.
Assim, não tem esperanças nem saudades, e o presente tornará a vida contrária do que desejaria.
Sem que prevaleça a história no cérebro de um homem, o que poderá ser a vida amanhã se não a pode presumir?
É através do passado empírico que se mantém o controle do que se quer, do que acontece de fora, exercendo a própria vontade.
Quem repudia o legado do passado, arreda-se de si, levando ao desejo inútil de repeti-lo, com a sensação do momento.
A rejeição do passado modifica o espectro da sensibilidade, pelo fato elementar de consciência provocado pela modificação de um sentido externo e ou interno.
Sem conhecimento do passado, o presente é um simulacro de si, vive-se de aparência sem realidade.
O presente descalçado é a ilusão transcendendo as premissas das incertezas do futuro, o qual vivenciará como já fora um dia.
A simulação do futuro torna-se fantasmagórica e o texto se repetirá.
E ri-se íncubo.