Maria da Penha

Maria da Penha

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Desencanto Lúcido com as Máscaras da Vida

Sou da lógica, dos números frios,

Onde o caos se ordena em linhas retas.

Racional, calculo cada passo,

Enquanto o mundo se perde em máscaras de festa.


Não me entrego à fé que não vê,

Agnóstica, questiono o que não se pode provar.

Vejo as mãos erguidas ao vazio,

Gritando por sentido onde só há escuridão.


Antissocial, observo de longe,

A plateia de sorrisos ensaiados.

São vidas fingidas, papéis bem decorados,

Em um teatro de mentiras que já não me enganam.


Revolta-me a farsa que aceitam sem pensar,

O conforto da ilusão, o medo de duvidar.

Eu não me calo, nem me entrego à mentira,

Minha verdade é fria, mas ao menos é minha.

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