Maria da Penha

Maria da Penha

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O preço da minha ausência

Quanto vale a minha ausência?
Vale muito com certeza
Vale conluios inquestionáveis
Dos disco voadores a espreita.

Quanto vale a minha ausência?
Vale aos óvnis adiáfanos
Que por entre nuvens escuras
Expõem  translúcidos a imprudência.

Quanto vale a minha ausência?
Vale a minha sabedoria no anonimato
De  atos e fatos que ressurgem encolerizados
E mitigam a minha dor.

Quanto vale a minha ausência?
Vale saber tão naturalmente
O que floresce da demência,
Entre as estrelas mais brilhantes
Estão os ufos ainda mais reluzentes.

Sofisma

Ser recebido no calor de um abraço
Grudento como velcro
E ser capaz de fazer self-portrait
Tanto repudiado
É ter a certeza plena
Da felicidade mais obcena
De embriagar sentimentos passados
Que não saem mais de dentro
Do coração que um dia fora
Totalmente dilacerado.