Eu vivo com as minhas seis máscaras que
confeccionei.
O dia da máscara de político para poder lidar com
uma sociedade medíocre.
O dia da máscara de palhaço para fazer rir
pessoas que não conseguem observar a tristeza do meu eu mais profundo.
O dia da máscara da fantasia para consolar os
sonhos, alheio.
O dia da máscara da verdade para que duvidem de
mim.
O dia da máscara da extravagância para que vejam,
a minha versatilidade, a minha intolerância e a minha sabedoria, para que
assim, eu seja reconhecida.
O dia da máscara da bondade e da feminilidade
para que sintam a minha fragilidade.
São seis máscaras para cada um dos seis dias da
semana que fazem a minha sobrevivência neste mundo insano.
A sétima máscara eu não consegui criar, nesse dia
sou eu na minha performance real e louca que só uma pessoa no mundo conhece.