ENSINO
/ APRENDIZAGEM
Revendo
os meus estudos pós-graduados em que trabalhei com princípios fundamentados na
Abordagem Atuante da Ciência Cognitiva e na Metodologia Problematizadora,
fiquei tentada a fazer um encerto de alguns trabalhos atuais sobre o assunto,
tentada pois, pouca coisa mudou no debate passado 18 anos dos meus estudos.
Maria da Penha Boina Dalvi
https://pt.slideshare.net/boinadalvi/dissertao-6051131
Encerto
do artigo - A CONSTRUÇÃO DO SABER NO ENSINO SUPERIOR
Por Guilherme Marcos Ghelli
Professor e Diretor da
Fundação Carmelitana Mário Palmério – FUCAMP, mantenedora da Faculdade de
Ciências Humanas e Sociais de Monte Carmelo-MG. Mestre em Administração de
Empresas.
A aprendizagem do estudante no Ensino Superior
Aprendizagem pode ser
vista como um processo individual de modificação de conduta, caracterizando a
possibilidade de educar o homem via consciência e via modificação de
comportamento. Esta se estabelece como uma forma que produz a evolução, tanto
biológica, quanto social. No seu desenvolvimento reflete o trabalho humano na
sua ânsia constante de autossuperação, de transformação da natureza, da ciência,
da sociedade e da cultura. Diante do exposto podemos entender aprendizagem como
mudanças que ocorrem no comportamento de uma pessoa em função de experiências e
vivências. A aprendizagem na aula universitária pode ser verificada quando ela
termina e o aluno tem a sensação de que construiu, descobriu, acrescentou algo
na sua forma de pensar e ver determinada situação.
As principais
orientações de estudos dos estudantes podem ser caracterizadas como voltados
para a orientação superficial do significado, da reprodução e com orientação
para o profissional.
O aluno que estuda
baseado na orientação superficial apresenta as seguintes características:
estuda por meio de resumos compilados de anotações, provas de anos anteriores,
resumos de aulas e apostilas, estuda um pouquinho e já está bom, estuda em
função de provas, em cima da hora, por causa da nota; este aluno não tem o
hábito de estudar. Um dos motivos dessa característica é a falta de exigências
do professor, o que leva o estudante a trabalhar menos, de forma irregular e
sem esforço. “Estudando só um pouquinho já está bom, pois os professores não
exigem demais”.
Já o aluno que estuda
voltado para a orientação nos significados, questiona o que aprende, o que lê e
o próprio conteúdo que é dado em aula. Porém, isso não acontece em todas as
disciplinas, mas naquelas pelas quais o estudante se interessa, cujo conteúdo
desperta curiosidade. O estudante que busca significado reconstrói o
conhecimento visto em aula e a informação que foi transmitida. Aprende em
classe e fora dela. A aula é uma pequena fração dentro de um processo, que
envolve muito esforço pessoal.
Os alunos que se
orientam para a reprodução, baseiam-se na memorização, “decoreba”, mesmo sem
compreensão. Memorização por medo de esquecer, de não reter a informação. É
preso ao conteúdo, ao que é dado em aula, ao que está na apostila. Ele aceita o
que é dado sem questionamento, sem formar a dúvida. O decorar, reter na
memória, consiste em ler, escrever, fazer resumo, repetir, até conseguir fixar.
Os problemas começam a aparecer quando a quantidade de matéria não permite mais
a memorização. Estes alunos necessitam ser ajudados a aprender a aprender e a
estudar, pois muitos chegam a colocar muito esforço pessoal, fazendo esquemas,
rascunhos, visando somente à memorização antes da prova.
Um outro tipo de
orientação dos alunos é para a profissionalização. Esta forma de aprender
aparece como uma consequência do estar voltado para fora da instituição
educacional. Os estudantes com esta orientação alegam que nela os cursos são
muito teóricos, e tendem a supervalorizar o estágio, nos quais citam que
aprendem mais do que em todo o curso (LEITE, 1997, p. 147-168).
Os
Tipos de Analfabetismo
Por Antônio Carlos Vieira -
2011
Segundo o IBGE, no
Brasil existem, atualmente, em torno de 14 milhões de analfabetos. Esses
analfabetos são aquelas pessoas que não sabem ler e escrever coisa alguma e
essas estatísticas, quando divulgada, passam a ideia de que se conseguirmos
fazer com que toda a população aprenda a ler e escrever, estaremos livre do analfabetismo.
Se formos analisar, de
maneira mais profunda, iremos notar que a coisa não é bem assim. Eu costumo
classificar o analfabetismo em quatro categorias, que são: o Analfabeto Total,
o Analfabeto Funcional, o Analfabeto de Conteúdo e o Analfabeto de Cidadania
(ou político).
O Analfabeto Total
Esse é o tipo de
analfabetismo mais fácil de se diagnosticar e é também o mais fácil de se
mensurar e quantificar efetuando estatísticas. É claro que se deve tomar o
cuidado ao analisar e efetuar essas pesquisas. Costuma-se classificar as
pessoas que sabem ler e escrever o próprio nome como alfabetizadas e não é bem
assim. Tem algumas pessoas que conseguem desenhar o próprio nome com certa facilidade
e não sabem ler e nem escrever ou no máximo conseguem soletrar algumas palavras
o suficiente para identificar o próprio nome.
O Analfabeto Funcional
Em termos de pesquisa
quantitativa, não é possível mensurar este tipo de analfabetismo. O problema consiste
que este tipo de analfabeto sabe ler, escrever, não consegue interpretar e
consequentemente não entende o que está lendo. O problema do Analfabeto
Funcional está aumentando a cada dia e hoje é comum se encontrar até mesmo nas
universidades. O que ocorre na realidade é que estão conseguindo com que as
pessoas analfabetas total aprenda a ler e escrever, mas não aprendem a
interpretar uma leitura ou mesmo redigir uma simples carta (redação).
O Analfabeto de Conteúdo
É muito comum se discutir
um determinado assunto com determinadas pessoas (até mesmo universitários) e
perceber que a mesmo está se colocando, sobre o assunto, fora do contexto
simplesmente por não conhecer do assunto. Esse tipo de analfabeto costuma
escrever bem, falar bem e sente a sabedoria em pessoa, por tal motivo, mas
quando se começa argumentar sobre determinado assunto se percebe que ele só
escreve bem, fala bem e falta conteúdo.
Quando entrei na
Universidade uma das primeiras frases que os professores deixaram bem claro
foi: “procurar não discutir e criticar aquilo que não tem conhecimento”, que
isso não demonstrar ignorância simplesmente pelo fato que a pessoa não é
obrigado e não consegue saber de tudo na vida. Tentar mostrar habilidade e
argumentar algum assunto que não conhece é que é ser ignorante. Só que esse
tipo de analfabeto, que é muito raro, costuma esconder a falta de conhecimento
criticando os seus erros de português, os erros ortográficos, seu vocabulário e
deixa o conteúdo do que se está discutindo de lado. Você vai encontrar muito
desse tipo escrevendo e falando muita coisa bonita que não serve para nada.
O Analfabeto Político
Este tipo de analfabeto
eu considero uma variante do Analfabeto de Conteúdo. A diferença é que o
analfabetismo político é aquele cidadão que deveria ter conhecimento de como
funciona o seu Estado, a forma de fazer política em sua sociedade, os direitos
e deveres de cada cidadão (geralmente a pessoas só procuram aprender os
direitos). A grande maioria das pessoas, inclusive as de formação universitária,
não tem noção do que seja Estado (só fui entender a noção de Estado quando
estava na Universidade!!!), propriedade, os interesses na sua formação e
controle por parte das camadas sociais. Não tem como uma pessoa entender de
todos os assuntos, mas pelo menos deveria saber dos assuntos pertinentes a sua
sociedade e do lugar onde vive.
Metodologias Tradicionais versus
Metodologias Ativas
METODOLOGIAS ATIVAS, POR
QUE SIM OU POR QUE NÃO? FATORES QUE FAVORECEM OU INIBEM O USO DE METODOLOGIAS
ATIVAS NO ENSINO DA CONTABILIDADE
Layla Gabrielly Jardim
Olivatti Universidade Estadual de Maringá;
Marguit Neumann Universidade Estadual de Maringá; Reinaldo Rodrigues Camacho Universidade
Estadual de Maringá; Claudio Marques
Universidade Estadual de Maringá.
XIV Congresso anpcont –
dezembro de 2020 – Foz do Iguaçu - PR
Não há dúvidas de que
cada metodologia tem suas vantagens e desvantagens, assim como seus defensores
e opositores. Ao revisar as ideias e opiniões de autores relevantes do assunto,
como Phillipe Perrenoud e Paulo Freire, faz-se um confronto entre as duas
metodologias. Confronto este, que tem como objetivo incitar uma reflexão
imparcial sobre o tema e não ser só mais uma discussão, entre tantas
existentes, a favor de uma ou de outra metodologia.
Segundo Perrenoud
(2001), a preocupação exagerada de tornar o ensino mais ativo tem sido uma
tendência. Entretanto, coisas novas podem ser interessantes e ao mesmo tempo
problemáticas, por isso é preciso cautela. Sendo assim, a aplicação de novas
metodologias não deve ser feita meramente por modismo, assim como novas ideias
e novas tecnologias não devem ser aceitas ou recusadas, só porque são
inovadoras (Freire, 2015).
Segundo Freire (2015),
que segue a vertente da inovação do ensino, a educação precisa ser libertadora
e dar certa autonomia aos alunos no processo de aprendizagem. Diferentemente da
educação tradicional, chamada por ele de “educação bancária”, em que o aluno é um
mero ouvinte que memoriza e repete. Freire acredita que para isso, é preciso
fazer com que os alunos pensem criticamente e não somente reproduzam o
conhecimento passado pelo professor, pois “[...] ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua
construção” (2015, p. 12).
Para Freire (2015),
“[...] aprender, é um processo que pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade
crescente, que pode torná-lo mais e mais criador” (2015, p. 13), mas é também
“[...] uma atividade complexa, frágil, que mobiliza a imagem de si mesmo, o
fantasma, a confiança, a criatividade, o gosto pelo risco e pela exploração, a
angústia, o desejo, a identidade, aspectos fundamentais no âmbito pessoal e
cultural” (Perrenoud, 2001, p. 23). E são esses interesses pessoais que motivam
a aprendizagem, de acordo com as metodologias ativas. Dessa forma, para
aprender o aluno precisa ter vontade, precisa ter desejo em obter conhecimento,
precisa querer e ter prazer em aprender (Perrenoud, 2001).
Logo, é preciso
aprender dentro do contexto vivido para que o aluno veja significado na
aprendizagem, estimulando sua vontade de aprender cada vez mais. Para alcançar
essa educação transformadora, que torna a aprendizagem significativa, tão
frisada por Freire (2015), é necessária a adoção de novas metodologias. As
metodologias ativas vão de encontro com a perspectiva construtivista de Freire,
pois focam no aluno, na autonomia, no pensamento crítico, na problematização e
na relação entre aluno e professor para gerar aprendizagens significativas.
Perrenoud (2001) relata
que nem sempre as metodologias ativas conseguem atingir essa aprendizagem
significava e muitas vezes, acabam formando alunos despreparados para as
experiências do dia a dia. Apesar das metodologias ativas terem uma intenção
democratizante, e parecerem colaborar para a melhoria do ensino por enfatizarem
o aluno e sua vivência na construção do conhecimento, elas correm o risco de criar
desigualdades e serem elitistas. Todavia, o método construtivista de Freire
ainda apresenta algumas vantagens sobre o método tradicional.
Como no método ativo os
alunos são os atores do processo de ensino-aprendizagem e da construção do seu
conhecimento, suas participações são bem mais produtivas do que quando são
meros ouvintes. Outras vantagens apresentadas por Freire (2015), são o
pensamento crítico, a capacidade de tomar decisões e a autonomia na construção
do conhecimento. Essas três habilidades só se desenvolvem quando o aluno é
levado a refletir conteúdos, a analisar situações e a buscar informações, tendo
o professor somente como um facilitador do processo.
Em vista dessas
vantagens e benefícios, muitos professores veem as metodologias ativas como a
solução para melhorar o ensino, mas nem todos que adotam os métodos ativos
conseguem fazer deles armas contra o fracasso educacional. A maioria dos
professores aderem os novos métodos só por modismo e não aprofundam o
conhecimento, absorvendo apenas as ideias básicas deles. Sendo assim, são
pouquíssimos os professores que utilizam as metodologias ativas da forma como
são descritas por seus criadores (Perrenoud, 2001).
Contudo, encontra-se
entre os defensores do ensino ativo, pessoas que desejam educar para a vida,
que se preocupam com uma aprendizagem focadas em necessidades e interesses
verdadeiros. Professores que sonham com programas menos rígidos, com uma
avaliação individualizada, com melhores infraestruturas, com mais recursos, com
uma organização mais flexível das salas de aula, com mais tempo para preparar
aulas e com turmas menos numerosas (Perrenoud, 2001).
Diante do exposto até
aqui, na opinião de Perrenoud, não há uma forma única de ensinar. Não existe
jeito melhor ou pior, e sim o mais adequado dependendo de fatores como: o
perfil dos alunos, as expectativas deles, os conteúdos do programa, as
experiências e competências dos professores, as vontades e projetos deles. No
entanto, independente da metodologia utilizada, ela sempre vai ser inadequada
para uns, muito fácil para alguns e incompreensível para outros (Perrenoud,
2001).
Estudo recente do
Instituto McKinsey, em um extenso relatório sobre os fatores que mais
influenciam o sucesso escolar na América Latina, um dos destaques é que alunos
tendem a performar melhor quando participam de uma mescla entre
instrução orientada pelo professor e investigação por conta própria. “Se a
educação de todos os alunos tivesse essa combinação de tipos de ensino, a nota
média da América Latina no PISA subiria 19 pontos, equivalente ao aprendizado
de mais de meio ano letivo”, constata o documento.
McKinsey, justificaria
os baixos resultados de metodologias ativas na América Latina: é preciso que os
estudantes tenham uma base de conhecimentos e competências prévios para que
sejam capazes de guiar a própria aprendizagem. Ouso dizer que fomentar essa
cultura na sala de aula é o maior desafio do educador no século XXI. A partir
daí, a combinação entre aulas expositivas e ativas passa a fazer sentido.
https://www.geekie.com.br/blog/metodologias-ativas-de-aprendizagem
Marcela Lorenzoni é
especialista em Gestão da Educação no Novo Milênio pelo Instituto
Singularidades e bacharel em Comunicação Social pela PUC-PR.
Diante do exposto introduzo as constatações e proposições
com as citações que se seguem:
Nós não devemos forçar as teorias à nossa intuição: nós
mudamos a intuição para entender as teorias.
Carlo Rovelli - físico
da Universidade de Marselha na França
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros
desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle.
Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados
sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é
o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que
elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar.
Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos
pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Rubem Alves
Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso. Amo
as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo que eu brigo
para que a justiça social se implante antes da caridade.
Paulo Freire
O cidadão
viu um cartaz de educação no trânsito onde tinha escrito assim:
"01
COPO DE CERVEJA + 04 RODAS = 07 PALMOS DEBAIXO DA TERRA
A CONTA
PODE NÃO BATER, MAS VOCÊ SIM."
Desde
esse dia, quando ele saía de carro, só tomava whisky, e quando queria tomar
cerveja, só saía de moto.
Augusto Branco
Constatações
e Proposições:
Devemos vislumbrar que
a heterogeneidade de conhecimentos e vivências em diferentes áreas de conhecimento
permitirão uma experiência rica para todos os participantes. As perspectivas de
enfoque e análise das questões que serão propostas são múltiplas, variadas e
multifacetadas.
O discurso mais
consciente a ser desvelado será o de promover um ambiente que conduza à
aprendizagem - como processo de transformação que envolve conhecimento,
habilidade e atitudes do indivíduo, com tempo para a reflexão e análise, para
dissecar tanto as necessidades dos alunos e professores quanto da sociedade
onde se inserem como profissionais e cidadãos e para avaliar os sistemas de
ensino e pesquisa em uso e inventar novas técnicas e novas abordagens que
promovam a aprendizagem. A aprendizagem, o desenvolvimento de habilidades e
novas competências e a socialização de conhecimento é incompatível com o
sistema de monopólio do conhecimento e a sua concentração nas mãos de poucos.
O trabalho é de se repensar
e reestruturar a educação escolar que exige o passar pelo caminho da
sensibilização e conscientização dos professores em relação às constantes e
rápidas transformações de ordem político-socioeconômica, cultural,
comunicacional e educacional que a nova sociedade sistêmica nos impõe. O ser
humano tem que reencontrar seu equilíbrio e o papel do professor é fundamental.
O conceito de rede como uma ligação mais voltada às transformações
socioculturais deve espalhar e expandir para todos os lados. Compartilhar as
experiências bem-sucedidas pode tornar a vida humana, mais saudável. Os
professores não podem furtar-se a esta função, principalmente hoje, no mundo em
que a escola precisa ajudar a preencher as lacunas deixadas pela falta de
orientação de crianças, adolescentes e jovens quanto aos valores morais, aos
princípios éticos, à atuação política no sentido puro dessa palavra e ao
exercício de uma cidadania questionadora e modificadora.
Quando os professores
efetivamente se comunicam e trabalham com seus pares colaborativamente e
cooperativamente, descobrem suas inteligências específicas que lhes permitem
também respeitar as diferenças de seus alunos e a ter sensibilidade para as
diversas inteligências. Essa comunicação permite-lhe apreender e estimular os
pontos fortes; atentar e cuidar dos pontos fracos. Permite-lhe trabalhar com a
autoestima dos seus alunos de modo a fazê-los crescer e desenvolver-se
integralmente. Um outro elemento fundamental de comprometimento de professores
e alunos é a pertinência.
Tem que se partir para
uma formação do professor com ênfase na competência cultural, o que significa
que o professor tem que primeiramente perceber a sua própria cultura,
conhecendo-a, compreendendo-a, depois, abrir-se para o conhecimento e a
compreensão de outras culturas e aprender a criar ambientes multiculturais que
permitirão que seus alunos desenvolvam suas habilidades e seus estilos de
aprendizagem. Isso significa que o professor tem que se preparar para ser um
pesquisador, um comunicador, mas, sobretudo, um aprendiz por toda a sua vida e
ajudar seus alunos a desenvolverem a autonomia para também se tornarem
eficientes pesquisadores, comunicadores e aprendizes autônomos, não importa
qual carreira, profissão ou função que optem para a sua vida.
Maria da Penha Boina
Dalvi (2004)
Diante desse contexto
seguem as proposições:
•
Desenvolver
a mudança no comportamento e na produção individual dos professores.
•
Desenvolver
a interação colaborativa e cooperativa nos professores.
•
Desenvolver
reflexos nas atitudes e no comportamento dos professores.
•
Desenvolver
relações interpessoais e na construção do conhecimento.
•
Construir
um ambiente propício que conduza à aprendizagem.
•
Perspectivar
a incorporação de novos conceitos em detrimento dos velhos conceitos.
•
Desenvolver
a percepção de projetos pedagógicos com planejamento.
•
Difundir
o aspecto de analisar e contextualizar a informação para a depurar através da
seleção, da valorização e do contraste.
•
Despertar
o conhecimento da própria cultura para depois se abrir a outras culturas.
•
Aprender
a criar ambientes multiculturais.
•
Tornar-se
competente e autônomo para o desenvolvimento do conhecimento.
•
Desenvolver
mentalidades de prática.
•
Desenvolver
a aprendizagem segundo o prisma da cooperação e colaboração.
•
Desenvolver
uma intensa ação colaborativa no desenvolvimento de projetos na formação de
professores num ambiente propício para o ensino e a aprendizagem.
Mas como?
Método e sugestões:
Método pode se definido
de uma forma ampla como “o modo de fazer coisas”.
1.
Atividades preliminares
Atividade para obtenção
do comprometimento de todos os participantes na realização das atividades relevantes
e na consideração e aceitação das recomendações.
As atividades
principais são:
•
Estabelecimento do âmbito do estudo;
•
Definição da equipe de projeto;
•
Orientação da equipe de projeto.
2. Preparação do estudo
A preparação do estudo
envolve as seguintes atividades:
• Preparação
do local de trabalho;
• Identificação
da informação a recolher;
Informação sobre a organização:
·
Ambiente – Interno e externo a
Instituição (Forças, Fraquezas, Ameaças e Oportunidades). É a informação de caráter
geral: regulamentos, estatutos, tecnologias, e conhecer a realidade em que a
instituição está inserida para a vantagem competitiva;
o
Levantamento
das Informações:
§
Instituição
§
Docentes
§
Discentes
§
Realidade
político-socioeconômica e cultural
·
Objetivos – Objetivos globais e objetivos
d https://pt.slideshare.net/boinadalvi/dissertao-6051131as
principais funções pedagógicas;
·
Planejamento – Processos de planejamento,
planos das funções pedagógicas da organização, principais projetos, recursos,
prazos (contínuos);
·
Medidas de desempenho e
controle
– Relatórios, projetos. Reconhecimento nesta fase dos Fatores Críticos de
Sucesso (FCS) em relação ao ensino/aprendizagem.
3. Início formal do estudo
Atividade da condução
formal do estudo de acordo com a visão inicial abordada.
·
Agendamento
de entrevistas e tópicos a serem discutidos;
·
Procedimentos
de gestão do projeto;
·
Organização
em arquivo de toda a informação e documentação relativa ao estudo;
·
Revisão
do trabalho realizado.
4. Projeto em relação a Instituição
·
Apresentar
informações relacionados a evolução do projeto à organização através de
relatórios.
·
Revisar
o plano de estudo do projeto consoante as necessidades.
Tenham uma ótima
reflexão sobre o assunto abordado. (MPBDalvi – 2022)