Como é linda a mulher que passa
Passa todos os dias na mesma rua
Alta esquia e límpida
Brilhante como a lua.
Meu Deus! Quem é a mulher que passa?
Num balançar singular de cintura
Que o meu olhar se distrai
E o meu compromisso descontinua.
Que desejo ardente que tenho
E não posso fraquejar
Será que alguém sabe me informar
Quantas primaveras já se passaram por ela?
Procurei saber um pouco mais
E alguém confiante e clarividente, disse-me,
E mulher da mais pura desenvoltura.
Não caia nessa, amigo,
É mulher dos anos cinquenta que desfruta
Da inteligência, beleza e plenitude infindas.