Na arena fria da sala vazia,
O professor luta, mas quem o ouvia?
O aluno o julga, arrogante, cego,
Subestima a vida que ensinou com apego.
Nas mãos da faculdade, um jogo cruel,
Promessas vazias, um amargo papel.
Jogam contra, traçam seu fim,
Enquanto ele se entrega, acredita no sim.
Mas quem sustenta esse palco quebrado?
É o mestre cansado, pisado, calado.
Angústia o molda, sonhos desfeitos,
E ainda assim, luta por direitos.
Que o saber resista à ignorância altiva,
Que a chama não morra, mesmo que cativa.
O cárcere do ensino tenta o silenciar,
Mas o professor é voz que não vai calar.