Maria da Penha

Maria da Penha

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A lista do que vou fazer a partir de hoje:

1) Aprender a surfar.
2) Mergulhar em águas profundas.
3) Fazer aulas de Tango.
4) Fazer um tour de ônibus em Hollywood.
5) Visitar as Cataratas do Niágara.
6) Sentar em um bar ou café em Paris (já fiz mas talvez faça novamente).
7) Ir à Graceland.
8) Dar de presente as minhas joias preferidas.
9) Acampar em uma praia perdida na Grécia.
10) Visitar o Muro das Lamentações e escutar o silêncio através da cacofonia de barulhos.
11) Visitar ao menos cinco das Sete Maravilhas do mundo.
12) Fazer aulas de tênis e de vela.
13) Nadar nos cinco oceanos, de preferência no mesmo ano.
14) Fazer uma caminhada sobre o Pacific Crest Trail ou le John Muir Trail.
15) Hospedar-me no Post Ranch Inn, hotel de luxo na costa de Big Sur.
16) Ir ver um espetáculo da Broadway.
17) Escrever o meu próprio diário (de bordo).
18) Retomar o contato com um amigo que não falo há ao menos 10 anos.
19) Ensinar a alguém algumas das minhas habilidades.
20) Gastar o meu dinheiro em uma coisa extravagante.
21) Visitar o mercado à Chichicastenango, na Guatemala.
22) Fazer fogueiras.
23) Visitar o Lago Azul na Islândia.
24) Contar uma piada que vai fazer todo mundo rir.

Frase

Ser desonesto consigo mesmo é acreditar em uma história que você não viveu ou presenciou, sem antes analisar os dois lados.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Metamorfose por completude

Querer ser é humano
Ser per se stante
Não, é perjúrio introspecto

Professa  com imprudência
valores internalizados
avivados de senso comum

Sem moral e com medo
ceifa a consciência
alivia a vergonha, silencia

Apartado de si e sem ser
não persuade
debalde luta pela plenitude

Certo da incompletude
metamorfoseia-se algures
abasta-se com qualquer ser

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A vergonha de ser feliz

Por que você julgou que eu fosse morrer?
Tenho a certeza que era essa a sua maior vontade
Minha verdade?
Estão nos anos que vivi quase morta
de arrependimento e sofrimento
suportando a infelicidade
pela falta do meu próprio eu
da minha autonomia e estabilidade
trocados por um ambiente hostil
Fugi para ter de volta o meu mundo
Continuei por algum tempo a sofrer
sabendo da sua insanidade
revolta, ódio e até onde iria a sua intolerância
E eu te digo, você trabalhou como rato de esgoto
mas, víboras se alimentam de ratos
Como disse o poeta Gonzaguinha
"viver é não ter a vergonha de ser feliz"
Eu sei, você não conseguiu a sua vingança
mas encontrou a bonança
sem a vergonha de ser feliz
Sabe por que o poeta disso isso
sobre a vergonha de ser feliz?
É que a felicidade está no amor que sentimos
e quando não existe amor de verdade
sabemos que a felicidade é passageira
são momentos no arrepio das ilusões
apoio para as frustrações
Sem consciência e em apuros
usa-se e abusa-se incondicionalmente
por um tempinho feliz
Mas, quando consciente
sabe da "incompletude" que tem
e aquilo que completa é incompleto também
É isso que nos causa vergonha
e para suprir a danada
grita-se aos quatro ventos
que não tem a vergonha de ser feliz
por já estar desolado
com a felicidade que tem ao lado
E digo ainda,
não vou morrer por causa da sua felicidade
pelo contrário
ela suscitou a minha independência de responsividade
libertada das suas agruras
e tenho vergonha de dizer
pela falta de carência interior
o quanto sou completamente feliz.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Retaliação

Foi de uma insistência de proeza épica
ocasionando a minha cedência impensada
ao  encontro virtual
resultou em uma paixão que me cegava
em um amor incondicional
tudo em mim se alterava, palpitava
da carência para despropositados atos
abandonei o holograma
converti tudo para o real
deparei-me com um corpo delicado
revestido com alma fétida
com sorriso falso e o beijo esmolado
não chorei, não protestei
apenas aprendi a imitar com o ser camuflado
habituado a ludibriar
quebrador de corações
destroçador de ternurinhas
sem nunca se importar
joguei o jogo dos fracos
minha artimanha
fazer com que sentisse em sua pele falsa
a dor que toda gente sente quando menosprezada
com um belo sorriso nos lábios
sentei-me à mesa
e degustei o melhor do cardápio.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O estado da arte da ignorância e o poder

Eu bem sei que você não tem nada de bom
Esse é o seu carma
Não tem beleza
Além disso, teve a má sorte de ser pouco dotado
por pouco seria eunuco
Anda encurvado denotando a preguiça
Não tem dinheiro nem estudo
analfabeto funcional
É fraco e necessita de estar acompanhado
para desfrutar dos haveres alheios
Até tenta manipular, mas é facilmente manipulável
só faz o que os outros mandam
Camufla-se de penas macias
mas a alma é de felino
Reina no seu âmago a acusação
O seu umbigo é o centro da galáxia
O seu 'machismo' a sua desgraça
O seu inimigo é quem te estende a mão
Você é o bobo da corte
companhia à diversão
Sua mais forte característica é a usabilidade
lenço descartável
papel higiênico feito de material reciclável
Suas crenças, valores, mitos e ritos
são históricos, do mais remoto passado
Você até que consegue algum espaço na corte
é o tipo necessário aos donos do poder
A sua alcateia é das hienas
para limpar o que se deixa apodrecer
Alimentado, solta risadas de consideração
Inevitavelmente substituível, esse é o seu sofrer
Revoltado por perder as migalhas
pega o seu martelo e ameaça todos acima de você
Tem desejo de vingança, quer matar e quer morrer
Arremessa a esmo as suas armas
cai exausto, não atinge nada
só tumultua a ordem do poder
cai na jaula, fica um tempo e se acalma
espera a sorte lhe sorver
Eis que acontece o acaso
volta a dançar conforme o embalo
assim vai levando a vida sempre ausente
mesmo no estado presente
E eu solto o meu grito
 - Ignorante!!!
necessitamos de gente como você.