Maria da Penha

Maria da Penha

terça-feira, 1 de abril de 2025

Os ecos da traição

Regaste a amizade, fizeste florir,  

Com gestos suaves, soubeste fingir.  

Falaste em respeito, plantaste a união,  

Mas sob as pétalas, crescia a traição.  


Não foi por engano que me afastaste,  

Foi porque eu via o que tu ocultaste.  

Sabia demais, e isso te doía,  

Pois toda mentira teme a luz do dia.  


Colheste botões que nunca vingaram,  

Diplomas vazios que nada ensinaram.  

Lançaste ao mundo sem raiz, sem saber,  

Quem planta o engano, não pode colher.  


O tempo é espelho, reflete e condena,  

A farsa definha, a verdade envena.  

Quem vende a ilusão por medo ou por pão,  

Perde o próprio chão, já não é mais razão.  


E quando as folhas caírem ao fim,  

E a névoa esconder o que resta de ti,  

Não adianta rezar, teu medo é prisão,  

Tua queda se encerra abaixo do chão.

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