Maria da Penha

Maria da Penha

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Espírito Santo

Espírito Santo, Estado da região sudeste,
Que no mapa do Brasil quase não aparece,
E que deve mesmo ter o “espírito santo”
Para não ser engolido pelo Atlântico.
Tem por capital o nome de rainha
Vitória, vulgarmente, Vitorinha,
Menininha lindinha
Misteriosa, uma ilha.
Aqui nascidos, somos tupiniquins,
Capixabas do roçado para milho e mandioca.
Os nativos com os imigrantes se entrelaçaram
Formando uma raça compatriota.
Dos imigrantes, o quê dizer?
Português a procriar
Formando a etnia popular.
Raças puras... Os alemães a labutar
A beleza italiana
Para o mundo se encantar.
Têm as praias, que lindeza!
A Bacutia, com a sua elegância,
É das pessoas belas da nobreza
É de entusiasmar.
Quem aqui vem, sempre volta,
Porque aqui, Deus não escreve por linhas tortas,
É o “espírito santo” a comandar.

Arlindo Vida’Boa

Arlindo Vida’Boa fugiu da crise econômica de seu país,
Veio tentar, outra vida boa, aqui pelo Brasil.
Fincou pé numa metrópole, de águas quentes e boa brisa,
Esqueceu-se de se abstrair da realidade convincente, das grandes capitais.
Os arredores são cruéis, não são pintados a pincéis.
Arlindo Vida’Boa!
Não é de brisa que se vive em terras de coronéis.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Criticidade

Aos tolos e iletrados
Falsos leitores de poesias
Julgam-se interpretes inatos
Na sua horrenda analogia.

As artes nascem de esforços hercúleos
Da solidão à perseverança
Engaiolada num verão de janeiro
Desabrocha a criação.

Muitas vezes vivo o que escrevo
Momentos que trago à clausura
Outras vezes do nada sai o pensamento
São palavras que se amoldam com formosura.

Os asnáticos nunca saberão
O que escrevo é somente à minha interpretação
O que eles leem...
Não é mais a minha poesia.

Corrupto

No mais nobre terno de linho branco
Caminhando no deserto vazio
Cabeça alucinada
A duna era um palco.
No seu topo e decentemente
A boca seca como depois de um porre
De aguardente
Declamou versos de Bandeira
Às areias infinitas.
Testamento era o poema
Sentimento agonizante da vida
Malfadado, desventurado
Calamitosa sina.
Reina o condenado
Com acabrunhada colheita
Dum monólogo terminado
Sem aclamação.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Mula sem cabeça

O rio está a correr ao seu lado
E você está a cavar um poço profundo
Enlouquecido de sede
E cava e cava o seu poço
desejo da sua própria água?
Enlouquecido de orgulho.
Vê a água não o entulho
Você é uma mula
Literalmente, sem cabeça.

Mesmo paradigma

Enquanto eu leio...
Você fica por aí vadiando
Inventando conceitos existentes
Vendo fantasmas e, inconsequente,
Bate em portas erradas e entra.

Enquanto eu escrevo...
Você nem lembra que a literatura existe
Vive no indefinível sonho sem limite
Atrás de borboletas
Só encontra crocodilos.

Enquanto penso...
Você continua no presente da incerteza
Inerte no cotidiano sem destino
Andando num intervalo ínfimo
Achando que é feliz em sua lambreta.

domingo, 24 de novembro de 2013

Condenado por si só

Que lindo o mundo dos computadores e das tecnologias
Que linda a nanotecnologia,
Vamos com ela a todos os lados.
Tu não podes utilizá-las?
Mas o quê aconteceu a ti?
Naufragou neste mar revolto?
Fez coisas que te prejudicou
E agora estás no submundo tecnológico?
Usou-a de maneira incorreta
Trucidou a descoberta
E acabou com a própria liberdade,
Usando codinomes e tornou-te um stalker?
Porque será? E que belo codinome utiliza!
Casou com uma pequena, ilegalmente,
Usou pessoas como amantes para o próprio bem
Aniquilou a própria personalidade.
Que pessoa medíocre és tu?
Imagina que o telefone
Não registra a montante
Tudo o aquilo que dizes?
Ainda não percebeu que tens um chip incrustado
No teu antebraço
E tens por merecê-lo.
Não adianta mais a suas artimanhas
A falta de fotos e e-mails
As cartas que nunca envias,
E tudo mais que tens a esconder.
Os Juízes são absortos
Seus ordenados são por merecer,
Portanto, não darão folga,
As pessoas de vida torta que os subestimam,
Eles o colocarão como condenado
E verás o sol
Nascer quadrado.