Maria da Penha

Maria da Penha

domingo, 20 de outubro de 2024

Minha ética

 Minha ética se baseia em convicções fortes, indo além de simplesmente seguir regras ou buscar aprovação. Eu ajo não por pressão, mas porque acredito nos princípios que guiam minhas ações. Max Weber distingue entre a ética da convicção e a ética da responsabilidade, e eu me identifico com a primeira: sigo meus valores, sem abrir mão do que considero certo, independente das consequências.

Sei que essa profundidade ética não é captada em interações superficiais. Muitas pessoas formam suas impressões a partir de conversas rápidas ou momentos breves, que não revelam minha verdadeira essência. Para entender quem sou de fato, é preciso um diálogo mais profundo, onde minhas convicções e princípios possam aparecer. Não dá para me conhecer bem apenas com interações rápidas.

Minha postura ética, como a de Kant, está ligada ao dever moral e à autonomia. Para ele, as ações têm valor moral quando feitas por dever, e não por interesse. Do mesmo modo, minhas ações são guiadas por algo maior, que muitas vezes não é visível para quem me conhece apenas de forma superficial.

Entendo que, para alguém me conhecer de verdade, é necessário mais do que convivência. É preciso um diálogo verdadeiro, onde posso mostrar minhas crenças e valores. Só assim minha essência pode ser realmente compreendida.

Sob o sol da resistência

Escrevo em brasa, a tinta é revolta,

Cada palavra subverte, se solta.

Leio o mundo nas entrelinhas do poder,

E faço arte onde querem me deter.


Estudo o sistema que tenta oprimir,

Ressignifico o saber, me recuso a cair.

Vejo o sol nascer, impassível, altiva,

Contra o silêncio imposto, permaneço viva.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

 Ao ouvir dos alunos que a disciplina é bastante complicada, mas que, mesmo assim, passaram a gostar da matéria e da professora, argumentei: Quando isso acontece, não é a professora que se destacou, nem a disciplina que os conquistou, mas sim o desafio imposto, nunca antes experimentado. Portanto, ao não se curvarem ao temor da derrota, lutaram e conquistaram, e, assim, aprenderam que nada é impossível de ser alcançado.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Ismos

 Até quando seremos submissos?

Aos “ismos” do clientelismo, coronelismo e mandonismo?

Até quando seremos capazes de suportar a verborragia para o domínio?

- Até quando?

Até que superemos a nossa posição de resignados, 

que sobrepujemos a nossa ignorância do medo

Até entendermos que a elegância estética do comportamento é para os “ismos”, como as pseudoteorias do autoconhecimento para o nosso equilíbrio emocional 

Os “ismonalistas” irão nos reverenciar por sermos equilibrados, educados, não contestadores 

Quando cairmos na realidade de que nada é orientado para uma sociedade mais igualitária, o tempo se foi

Já não seremos quem somos, por ter perdido a própria identidade, a criatividade e a liberdade de pensar

- Até quando?

Até o momento de compreendermos que poderemos ser alforriados

e que, conseguiremos sobreviver sem as amarras dos “ismos”

Uma nova moral ressurgirá e os “ismos” não serão para o elitismo.

Alcançaremos, pois, uma sociedade para o altruísmo, hedonismo, criticismo, interacionismo e o libertarismo.

E daremos adeus aos velhos “ismos”. Quando?


Amicus

Quem é o amigo (a)?

É a música que podemos um dia amá-la e em outro, odiá-la

sem repreensão

É o livro, que nos faz chorar, rir ou brigar solitariamente

Sendo incapaz de nos subjugar

É o poema com a sua maestria poética, seja romântico para o deleite

Ou rude e ácido, escondendo nas entrelinhas as puras verdades,

Que poucos concebem 

São esses os verdadeiros amigos

São esses que nos acompanham enquanto em vida

Que nos ensinam e nos fazem criar a casca grossa

Até que possamos compreender

de resto

Só se pode ser amigo do próprio eu.


Descrença

 

Foi em uma note linda que desacreditei

Desacreditei que poderia haver um criador protetor

Quando vi, era a pessoa, com as mãos postas

Fazendo a suas orações

Pedindo perdão por ter prejudicado um irmão

Irmão sem cor, sem dor, humilhado

por não ter ambição

Então, desnudei-me de todas as crenças