Maria da Penha

Maria da Penha

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Reflexão

E se não for como você pensa que seria
E se tudo for diferente
Mesmo que você pense que depois da morte
Só seremos pó
E não for bem assim?
E lá, em outra dimensão
Você e eu nos encontrarmos novamente
E quem sabe, se eu estiver no lodo
Você seria capaz de me dar a mão?
De sorrir pra mim?
De me chamar pelo meu nome?
Ou passará aliviado e satisfeito
E rirá em gozo
E se for eu quem vai te encontrar no lodo
Como gostaria que fosse o meu modo de proceder?

quarta-feira, 13 de junho de 2018


Tenho uma conhecida chamada Zelda
sempre pensei
é uma palavra que azeda a boca
Zelda é lá nome de gente?
menos mau seria  Griselda
que me desculpem os semitas
Zelda não me transmite felicidade.

domingo, 3 de junho de 2018


Prefiro ter um QI médio e estar numa sociedade de intelectuais a ser notória, com o mesmo QI, numa sociedade  de ignorantes.

sexta-feira, 1 de junho de 2018


Profecia


Há uma garoa no outono que umedece
Velha e frágil folha que o pomar conserva.
Já distanciada a lembrança
Da dança ao afável vento da primavera.

Um inseto chamado esperança
Sem escrúpulo, pousa e abraça a folha úmida
A folha sem força cai no limo
Junto a ela, morre a esperança.

É ingrato um abraço tardio
É mau agouro
Esperança morta.

sexta-feira, 13 de abril de 2018


Visitou um corpo
como quem mergulha num mar revolto

Sobe até o espelho d'água, inspira e desce
com a sensação de afogamento

Permanece por algum tempo
no  recursivo procedimento

Sentindo-se satisfeito, já esgotado
abandona o corpo nu.