Maria da Penha

Maria da Penha

quinta-feira, 12 de março de 2015

A mentira

Somos humanos e mentimos. Mentir é uma das fraquezas dos homens, seja a mentira como uma forma de proteção dada a vergonha ou medo pelas simples ações impulsivas ou para omitir uma cruel realidade. A mentira seja ela, branda ou destrutiva, será sempre sinistra e, devemos aprender a lidar com as consequências quando formos descobertos. Portanto, não são as mentiras alheias que conduzirão a sua vida à decadência e sim, as suas próprias mentiras entranhadas no seu âmago e sustentadas como verdades que irão destruir você. Colocar-se como vítima das mentiras dos outros é o mesmo que mentir três vezes para você.
A verdade é nua, a mentira, vestida.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Flor roubada

Lembra da flor vermelha que me ofertou?
Estava no carro que a gente comprou
Era linda, fiquei lisonjeada
Depois, fiquei sabendo que foi roubada
Logo me descontentou e,
a deixei esquecida
murchou no painel do carro
Lembra dos espinhos que lá ficaram?
Eu engoli os desgraçados
com um sorriso no lábios
Mas até hoje encontram-se
em minha garganta entalados
É assim a vida
feita de pequenas nocividades
que desvendam grandes enigmas
da personalidade
Uma flor roubada
provoca grandes feridas
Uma risada para o amor
enfraquecido, desiludido
um  artifício
para suportar até o momento
da derradeira despedida.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Impecável loucura

O meu lado louco é o mais afável
o mais sincero e enlevado
isento de disfarces;
No meu lado louco
encontra-se a minha sagacidade
distante da loucura normal;
O meu lado louco
não reflete no espelho
é a essência íntima, intangível
uma imagem de mim e que,
pessoas ao ar como fantasmas
tentam alcançar;
O meu lado louco, não domesticável
desobrigado do crivo social
é o enigma que fascina
tornando-me um ícone impecável
que atrai infames iconoclastas.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Letras

O "R" de refutar, renegar, de reduzir a cinzas
E o "O" de outrem, opositor, opressor, OVNI
O que daria o "T"? Tirano, teimoso, terrorista, talvez tabu
O "I" da ilusão,  inveja, imposição, impotência
E pior, ignorância
Com o "V" então...  vingador, vacilão, violador
Chega, que vomito.

Pelas trilhas do Vergel

Caminhe pelo vergel
Não escolha a estação.
Ande por todas as trilhas
Irás encontrar maravilhas
De variadas intenções,
É a arte, que beleza!
Subjetividades
Destrezas
Construtos de pensamentos
Pura imaginação.
São muitas vertentes, de certo
Encontrarás ódio e alegria,
A escolha é aleatória,
Verás as mais variadas formas
Dependendo da sua trajetória.
Se mais sisudo, mais rancores
Se mais desnudo, mais flores.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Lógica do louco

Vem..., louco
Atraído pela ira dos desencantos
Em pele de cordeiro
Voz doce
Sonhos a realizar.

Vem..., louco
Amaciando a vítima
Encorajando-a com malícia
Desconcertando o enredo
Espreitando na contramão.

Vem louco, nas suas diferentes formas,
Surpreender com a sua metamorfose
Com sua opaca e colorida aparência,
Tentar através da fresa
Enviar um friso da sua maldita luz.

Vem...
Mais uma vez como veludo,
Emerge do seu submundo com a sua maleficência
A repousar no colo amigo
O seu mundo hostil.

Liberdade

Tiram-me as algemas D'alma
Sinto-me em total liberdade
Como uma gaivota que alça voo
Ao mais alto dos ares.