Maria da Penha

Maria da Penha

terça-feira, 11 de março de 2014

Frase

Sempre que entro no elevador e subo, os pensamentos voam e tenho a sensação de subir aos céus, quando desço, chego ao térreo.

Limitação

Tenho uma coisa assim, sentida,
Que não pode ser entendida
Mas causa desilusão.

É de fato coisa séria
Traz sensação deletéria
Que melhor, não professar.

Caminhando com graça, vou seguindo,
Com diadema ornando a cabeça
E os pés encaixando na estreiteza,
Entre as valas do caminho.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Verdugo

Foram tantas as injurias
Foram tormentas ensurdecedoras
Que matou o prazer
Em que se deliciava
O imolado morreu,
Gritar, não é mais preciso.
Por certo, sente um vazio,
Escapou entre os seus dedos
A sua sensação mais deleitosa.
Não sofra por essa perda
Novos caminhos sempre se abrem
Para outros desatinados.
Viver de rancor é a sua bravura.
Portanto, não fique abatido,
Sua caça não será debalde.
Para os seus gritos
Outros ouvidos
Entrarão em dissabores.
E como carrasco que é
Deliciar-se-á certamente
Na perversidade que irás causar
No próximo desavisado.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Segregada

Por estar sentada, trabalhar, construir e pensar
Escrever e exaltar sentimentos inerentes ao meu ser
Decidir, externar, incomoda?
Sim, torno-me inoportuna.
Sei que sou pouco, quase nada,
Diante de tudo que me circunda.
Mas ser capaz de corroer minha essência
Através da inveja e críticas infundadas
Pela fala que fere mais que bala.
Não, assim não vale nada,
Não poderei tirar proveito desse juízo
É ironia impensada
De quem julga livros pela lombada.
Diante de tão pequeno discernimento
Dou imenso valor em estar segregada. 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Monstro

Homem que possui o domínio
Eleva-se de formosa ternura
De palavras simples e fáceis
Compreensível, delicado como pluma,
Olhos claros, límpidos,
Que encanta o feminino
Com os louvores da doçura.

Homem que o domínio perde
No cume do ciúme enraivece
Como fera ferida enlouquece.
As paredes ressoam os sons dos monstros,
Torna-se pétreo à doçura
E olhos matam as pessoas que mirar.
Mais um mentecapto na humanidade já insana.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

As baratinhas

Não gosto de baratinhas
De nenhuma delas precisamente,
Mas existem as francesinhas
São traquinas, brincalhonas,
Correm velozmente.
Por saberem do meu dissabor
Insistem em ser minhas amiguinhas
Ficam a brincar comigo persistentemente.
Quando no joguinho eu entro
E empunho a vassourinha
As danadinhas todas afáveis
Correm e imergem
Para dentro do ralinho.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Maria

Desistiu do teu jeito empertigado
Tudo toca no teu íntimo
Desse mundo conturbado
Amarrotado, desconcertado
Intricado e mal amado
Que não há quem possa conduzir.
Ah! Maria, Maria
Sempre esteve no teu âmago
Sem contrariedades
Que sempre foras
Especificamente cosmopolita.