Quem somente
vive intensamente no presente e não examina o passado não será capaz de
prognosticar o futuro.
Passa a
pensar o futuro como a possibilidade de tudo e o passado, como a realidade do
nada.
Assim, não
tem esperanças nem saudades, e o presente tornará a vida contrária do que
desejaria.
Sem que
prevaleça a história no cérebro de um homem, o que poderá ser a vida amanhã se
não a pode presumir?
É através do
passado empírico que se mantém o controle do que se quer, do que acontece de
fora, exercendo a própria vontade.
Quem repudia
o legado do passado, arreda-se de si, levando ao desejo inútil de repeti-lo,
com a sensação do momento.
A rejeição do
passado modifica o espectro da sensibilidade, pelo fato elementar de
consciência provocado pela modificação de um sentido externo e ou interno.
Sem
conhecimento do passado, o presente é um simulacro de si, vive-se de aparência
sem realidade.
O presente
descalçado é a ilusão transcendendo as premissas das incertezas do futuro, o
qual vivenciará como já fora um dia.
A simulação
do futuro torna-se fantasmagórica e o texto se repetirá.
E ri-se íncubo.